Sempre
gostei de histórias...quando era criança,
algo que eu gostava era quando faltava luz..era o momento em que os adultos tinham mais tempo para conversar e
sempre vinham as “ histórias de antigamente”. Quando o Etka, um amigo do meu
pai vinha lá em casa, eu fazia uma festa, porque era o momentos dos “causos” de
antigamente... As dificuldades, as belezas, a natureza, os mentirosos da vila,
os medrosos, tudo tinha sua vez , no entremeio de uma cuia de chimarrão e
outra. Histórias da familia fazem parte
dessas lembranças. Dos bisavós que vieram da Alemanha, que se conheceram no
navio, que moravam aqui, se mudaram para ali, lendas, verdades, mal entendidos
todos misturados pelo contar e recontar, esquecimento e tempo.
Pesquiso
minhas origens já faz mais de 20 anos, e esse é um trabalho viciante, de buscas
muito longas, e momentos de grande felicidade quando eu encontro algo antigo
sobre minha familia. A peça mais importante do quebra-cabeça que faltava era a certidão de casamento dos meus bisavós. Ontem eu chorei de alegria! Encontrei um documento de uma
tia-avó, chamada Elza Augusta Dauwe, nascida em 15/10/1890, no local que hoje pertence ao Município de Agudo, filha de Hermann Friedrich Dauwe e Lisetta Schnarre. E, como se fosse para eu saber, do nada -
consta o local do casamento dos pais dela -! “ os pais casaram-se na igreja
Evangélica de Porto Alegre”. Há muito tempo eu buscava essa informação, mas não
tinha idéia de onde procurar. Agora sei!
Dois
alemães chegaram ao Brasil, se
conheceram no navio, e se casaram no Porto Alegre. Um empreendimento
de sucesso, com centenas de descendentes, entre os quais eu me incluo. Ainda
não sei direito onde encaixar a Elza Augusta...eu tinha apenas o nome de
Elizete entre os filhos do casal, talvez esta seja a criança que morreu , ou
talvez eu apenas ainda não procurei o suficiente. Sigo a busca, por todos e
por mim!
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